Não sou advogado há muitos anos (pouco mais de 4 anos, acrescidos de mais 2 de estágio), mas este terá sido o primeiro mandato de um Bastonário, no decurso da minha ainda curta carreira, em que realmente me senti tutelado, defendido, “APOIADO”.
Disse-me o actual Bastonário, a meados de Abril do corrente ano, “Decidi candidatar-me a um novo mandato como Bastonário.” A expressão de manifestação escrita minha reacção foi, como lho havia deixado claro em conversa informal alguns meses antes, e em mero exercício de reciprocidade, “APOIADO”.
Havia inclusivamente pedido ao Exmo. Sr. Bastonário, a meados de Dezembro do ano transacto, que não se deixasse abater e que não desistisse do Projecto em curso.
Havia inclusivamente pedido ao Exmo. Sr. Bastonário, a meados de Dezembro do ano transacto, que não se deixasse abater e que não desistisse do Projecto em curso.
Ser advogado é ser crente das suas convicções, ainda que tais convicções abalem sistemas instituídos ou combatam de frente e sem rodeios os interesses de minorias estabelecidas e instituídas do aparelho, que pela sua perpetuação no tempo, hoje se dão por normais e superiores àqueles que devem ser, de facto os interesses e preocupações de uma Ordem que representa todos os Advogados, e não uma minoria (que todavia, pela propaganda, se crê a si própria enorme…).
Muito me agrada que a maneira de ser e agir do actual Bastonário, nas quais revejo os reais interesses dos Advogados portugueses – de afirmação, prestígio e dignificação da Advocacia nacional –, se submeta a novo escrutínio. Rendi-me à sua capacidade no decorrer do seu último mandato, e estarei seguramente, agora em 2010, com Marinho e Pinto para a continuidade do seu Projecto de Renovação para a Ordem dos Advogados, com inteira liberdade de consciência e sem qualquer constrangimento ou interesse pessoal.
Por Nuno Ferreira Leite Rua | Advogado | Comarca de Lisboa
(Em Advocatus)