sábado, 18 de setembro de 2010

Joana Roque Lino apoia Marinho e Pinto

Depois de o ter visto e ouvido em tantos sítios diferentes, a primeira vez que contactei pessoalmente com o Senhor Bastonário, Dr. Marinho e Pinto, fiquei admirada: porque é uma pessoa acessível, não obstante o cargo que desempenha e o tempo que lhe tomam os seus afazeres; porque é uma pessoa simples, apesar das suas convicções fortes e inabaláveis; porque é um homem preocupado connosco, advogados, o que está bem patente em todas as suas intervenções; porque é um homem preocupado com a justiça, a cuja causa se dedica com coragem; porque sabe e se dispõe a ouvir, essa grande capacidade de que tantas vezes é acusado de não possuir.
Podemos concordar ou não com o modo como se posiciona no tabuleiro de xadrez em que nos movimentamos, com a maior ou menor intensidade com que faz ouvir a sua “voz“. Mas uma coisa é certa: como advogada, sei que temos um Bastonário que actua em prol de todos os advogados, sejam eles advogados de empresa, advogados integrados em sociedades ou advogados em prática individual, que gostaria de deixar-nos uma herança marcada pela positiva e não pela negativa, diria eu, de uma advocacia sustentada e sustentável, cujo beneficiário último é quem precisa de nós.
Paremos para pensar um pouco. O facto de sermos hoje mais advogados imprimiu aos serviços que prestamos uma maior qualidade? O facto de sermos hoje mais advogados, permitiu aos cidadãos beneficiar de um serviço mais acessível? A nossa profissão é um verdadeiro serviço público, e esta concepção tem consequências muito claras, a todos os níveis. Pode o futuro reservar para a justiça a tentativa da sua crescente privatização, a tentativa de a fazer corresponder a um mero e pobre binómio – custo/benefício - mas ninguém substituirá o advogado no papel que ele desempenha, na responsabilidade que ele exerce diariamente, na defesa dos princípios estruturantes do Estado de Direito em que todos nós gostamos de viver.
Finalmente, e enquanto vogal da CNA, não podia deixar de me referir à alteração que o nosso Bastonário tem tentado fazer ao modo de acesso à Ordem e à formação que ela deve proporcionar ao advogado e ao advogado estagiário. Não ponho em causa, e o nosso Bastonário também não o faz, que temos tido excelentes formadores ao longo dos anos, alguns dos quais tenho o privilégio de conhecer pessoalmente, sendo colegas que muito admiro e que muito me ensinaram. O que está em causa, e o que o nosso Bastonário defende, é a criação de um novo paradigma que, por um lado, proporcione aos advogados uma formação ainda mais apurada, que se adeqúe às necessidades sentidas por todos e às novas realidades da sociedade, designadamente, no tocante aos actuais instrumentos de acesso à justiça e, por outro lado, permita uma justiça mais equitativa na escolha das pessoas dos formadores.
Eu confio o suficiente no Senhor Bastonário para lhe dar o meu voto nas eleições que se avizinham, porque entendo que ele é o homem certo, no lugar certo, no tempo certo.

Joana Roque Lino