terça-feira, 9 de novembro de 2010

Arnaldo Matos apoia Marinho e Pinto

Se não fui o primeiro, fui com certeza dos primeiríssimos a propor publicamente a reeleição do Dr. Marinho Pinto para Bastonário da Ordem dos Advogados.
Isso deveu-se, antes de mais, à consideração de que, sem a reeleição do actual Bastonário, seria de todo impossível continuar a reforma por ele empreendida no interior da própria Ordem dos Advogados, em muitos sítios tomada de assalto por um conjunto de pessoas que passaram a viver à custa dos dinheiros da Ordem e a ver nela uma agência de emprego para os amigos; e, por outro lado, porque, sem a continuação do seu combate, seria praticamente impossível prosseguir na denúncia da profunda crise do sistema da Justiça em Portugal, onde compeia toda a espécie de corrupção, fraudes, golpes, truques e carreirismo mediático.
Independentemente do carácter e seriedade dos restantes candidatos a Bastonário, que não tenho razões para pôr em causa, a não reeleição de Marinho Pinto representaria sempre uma tremenda derrota para todos os advogados portugueses e uma retumbante vitória para as forças sinistras e obscuras que, dentro da Ordem e dentro das instituições da Justiça, só agora começaram a ser desmascaradas e combatidas.
A Ordem dos Advogados tem de recuperar o seu prestígio, limpando-se definitivamente dos indivíduos que nela procuram lugar para se promoverem como causídicos e arrecadarem clientela, além de abocanharem para si e para os amigos os dinheiros provenientes da caça aos empregos da Ordem.
E tem também a Ordem dos Advogados de encabeçar a luta contra a corrupção e a crise da Justiça, crise que tem por base o facto de que a magistratura judicial, encarregada de ocupar um dos poderes fundamentais do Estado de Direito Democrático, carece em absoluto de legitimidade democrática para exercer aquele poder.
Claro está que não haverá ninguém no seu perfeito juízo que ache que a independência e a legitimidade da magistratura judicial poderiam alguma vez ser asseguradas por um órgão de casta como é o Conselho Superior da Magistratura.
Marinho Pinto ousou travar este combate que trouxe inúmeros sucessos para os Advogados portugueses, congregando todavia o ódio daquele pequeno numero de advogados capazes de se venderem a toda a gente e daqueles capatazes das magistraturas que até agora têm vivido no éden das suas benesses económicas e sociais e não as querem largar.
Ora, nenhum dos outros candidatos a Bastonário pretende travar esta luta e, antes pelo contrário, parece até acharem que devem deixar aprofundar a crise da Ordem e a crise da Justiça, até que tudo se afunde.
A reeleição do Bastonário Marinho Pinto é, no meu entender, o caminho para que a Ordem e os Advogados portugueses sejam respeitados no exercício da sua profissão, e para que a crise da Justiça seja devidamente combatida, pondo cobro aos privilégios e à ilegitimidade das magistraturas.

Arnaldo Matos