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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NÓS

COMO MUITOS E MUITOS OUTROS COLEGAS

APOIAMOS A RECANDIDATURA A BASTONÁRIO DE A. MARINHO E PINTO:


Miguel Costa Marques



Ana Sofia de Sá Pereira



Fernando Monteiro da Rocha


Nuno Ferreira Leite Rua

Joana Roque Lino




José Manuel de Castro


Simplício Mendonça

Iva Carla Vieira





José Lopes Ribeiro 



Fernanda de Almeida Pinheiro


Manuel Leitão Romeiro


Marques Montargil


 Marcos Aragão Correia 


 Luís António Morais




Arnaldo Matos



António Marques Mendes 


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

AOS COLEGAS DA REGIÃO NORTE

Caro(a) Colega

É já na próxima 6ª feira que se vão realizar as eleições para os titulares dos vários órgãos da nossa Ordem. Por isso, venho alertá-lo para que o seu voto não permita o que sucedeu há três anos. Venho pedir-lhe que vote em coerência no projecto da Lista C para Bastonário/Conselho Geral e Conselho Distrital do Porto (Dr. Rocha Neves), mas também na Lista P para o Conselho Superior e Lista G para o Conselho de Deontologia do Porto.

É necessário eleger para os órgãos distritais pessoas que sejam institucionalmente solidárias com os órgãos nacionais escolhidos democraticamente pelos Advogados portugueses e não pessoas que estejam empenhadas em sabotar a acção desses órgãos e em impedir o Bastonário eleito de realizar o programa sufragado nas eleições. É necessário que à frente do CDP estejam pessoas que aceitem os resultados eleitorais e não que tentem derrubar o Bastonário democraticamente escolhido pelos Advogados Portugueses.

É necessário que no Conselho Distrital do Porto estejam pessoas que, em conjunto com o Bastonário e o Conselho Geral, defendam os interesses dos Advogados e não que sejam publicamente contra esses interesses como aconteceu em Junho de 2008 quando o CDP publicou um comunicado dizendo que «a Ordem dos Advogados não deve integrar os órgãos de gestão dos Tribunais de Comarca». É necessário que à frente do CDP estejam Colegas que não apoiem as greves dos magistrados como, infelizmente, aconteceu em 26 de Junho de 2008, a quando da tentativa de agressão a um juiz de Santa Maria da Feira. Em suma, é preciso que no CDP estejam Colegas mais interessados em defender os interesses dos Advogados do que em agradar publicamente aos magistrados.

É necessário que à frente do CDP estejam pessoas que ajudem o Bastonário e o CG a lutarem contra a massificação da Advocacia e não que boicotem essa luta devido aos interesses instalados em torno da formação.

Apelo sobretudo aos jovens Advogados do Porto para a necessidade de defender as reformas efectuadas no sistema de apoio judiciário, nomeadamente, que as nomeações de Advogados sejam efectuadas pela OA e não por magistrados, polícias ou funcionários judiciais; que não haja compadrios ou favoritismos nessas nomeações; que as despesas sejam homologadas pela OA e não pelos juízes; que só os Advogados possam prestar apoio judiciário (e não também estagiários ou mesmo funcionários judiciais como acontecia não há muito tempo).

Por outro lado, é necessário que no Conselho de Deontologia do Porto estejam pessoas que cumpram as funções para que se candidatam e não que contratem Colegas para, remuneradamente, o fazerem e, sobretudo, pessoas que estejam mais empenhadas em exercerem as suas obrigações do que em participar na chicana de assembleias gerais contra o Bastonário.

É também necessário que o supremo órgão jurisdicional da OA, o Conselho Superior, seja composto por pessoas que estejam mais empenhadas em exercerem o seu múnus jurisdicional do que em perseguir o Bastonário e em tentar exercer ilegalmente as suas competências, como aconteceu com o actual conselho Superior, metade do qual, aliás, se recandidata na lista promovida pelos Conselhos Distritais.

É imperioso que os vários órgãos eleitos não tentem usurpar as competências de outros órgãos e, sobretudo, não gastem mais do que as receitas que lhes são atribuídas pelo nosso Estatuto.

É preciso pôr cobro à espiral gastadora no CDP que, só nos mandatos dos Bastonários José Miguel Júdice e Rogério Alves (2002-2008), fez com que as despesas com remunerações dos funcionários do CDP crescessem 134%. De salientar também que só nos dois primeiros anos do meu mandato o CDP gastou em vencimentos e honorários mais de 3.000.000,00 € (três milhões de euros).

As receitas da OA são divididas em partes iguais entre o Conselho Geral (que paga as despesas dos serviços centrais, bem como as do Conselho Superior e as de dez comissões e institutos) e os Conselhos Distritais (que suportam as despesas dos respectivos Conselhos de Deontologia e das Delegações da respectiva área geográfica). Por isso cada órgão da OA não pode gastar mais do que as receitas que o EOA lhe destina. As despesas ordinárias de cada órgão têm de ser cobertas com as respectivas receitas ordinárias e não com verbas que o EOA atribui a outros órgãos.

Temos de optar claramente entre sustar a espiral gastadora dos Conselhos Distritais, que só nos últimos cinco anos gastaram mais 24.000.000,00 € (vinte e quatro milhões de euros) só com vencimentos e honorários, ou então continuar a alimentar esse despesismo, para o que seremos obrigados a aumentar as quotas e eliminar alguns dos benefícios proporcionados gratuitamente aos Advogados, tais como o seguro profissional e os certificados digitais, entre outros.

Por nós, já optámos claramente em sustar essa espiral gastadora e continuar com o processo de saneamento financeiro da OA. Mas para tal precisamos do seu apoio.

Por tudo isso, venho apelar ao seu voto na lista C para Bastonário e Conselho Geral (que lidero) e também na Lista C para o CDP encabeçada pelo Dr. Rocha Neves. Apelo também ao seu voto na Lista G para o Conselho de Deontologia do Porto, encabeçada pela Dra. Maria Manuel Marques e na lista P para o Conselho Superior encabeçada pela Dra. Isabel Duarte.

É preciso eleger para os vários órgãos da OA pessoas que respeitem a vontade dos Advogados expressa em eleições democráticas.

Com as cordiais saudações do
Colega ao dispor

A. Marinho e Pinto
(Candidato a Bastonário)

Coimbra, 21 de Novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Interpretação das leis

O Governo anunciou recentemente a intenção de «simplificar» a linguagem das leis para, aparentemente, as tornar mais compreensíveis pelo cidadão comum. Esse anúncio, pomposamente baptizado de «simplegis», traduziu-se em mais uma acção de propaganda e de demagogia, pois anunciava-se, expressamente, que as pessoas iriam poupar muitos milhões de euros, já que deixariam de ter necessidade de consultar advogados para que lhes explicassem o significado das normas legais.
Numa argumentação meramente retórica, poderia dizer-se que o Governo reconhece que está a fazer mal uma coisa que deveria fazer bem, ou seja, legislar. Mas, em vez de, discretamente, a começar a fazer bem, anuncia urbi et orbi que o vai fazer. Ou seja, em vez de passar a fazer rapidamente o que já deveria estar a ser feito há muito, diz que vai fazer. Esta necessidade de auto propaganda gera sempre dúvidas sobre as intenções de quem a usa.
Mas, para além desse aspecto formal (não falamos do conteúdo normativo das leis), o que subsiste de relevante nessa medida é a anunciada intenção de o governo publicar, juntamente com os diplomas legais, resumos explicativos dos seus conteúdos normativos. Ou seja, juntamente com a publicação de um diploma legal, o Governo propõe-se publicar a sua interpretação desse diploma. Ora, isso é perigoso e pode acarretar problemas de vária ordem.
A interpretação das normas legais só pode ser feita pelos tribunais, os quais não estão vinculados a quaisquer outros entendimentos sobre a matéria. A interpretação de uma lei não pode ser feita em abstracto por quem quer que seja, muito menos pelo legislador. Ela só pode ser feita em concreto pelo juiz e em obediência ao princípio do contraditório, ou seja, depois de ouvir e confrontar as várias interpretações dessa lei feitas pelas partes interessadas na sua aplicação.